Senhoras e senhores, esse é o número de Euler. Ele é uma das constantes matemáticas mais importantes de todas. É a base dos logaritmos naturais e é usado na prática, por exemplo, em cálculos de taxas de juros compostos. Assim como o π, o número de Euler é irracional, ou seja, ele é uma dízima não periódica, o que significa que ele possui infinitos dígitos depois da vírgula. E esses números não ficam se repetindo, eles nem seguem um padrão específico.
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Como a memória funciona
Em resumo, a memória é a capacidade que o nosso cérebro tem de armazenar e evocar informações. E tudo começa quando a pessoa recebe algum tipo de estímulo. No momento em que isso acontece, inclusive está acontecendo com você agora, o nosso cérebro começa a atuar como uma rede. A informação que acabou de chegar é convertida em um impulso elétrico que é transmitido através dessa rede que é formada por células nervosas. Até que a informação é finalmente armazenada em alguma parte do cérebro, dependendo do tipo de memória.
Os tipos de memória
Existem dois grandes grupos de memória que são mais importantes: as de curto prazo e as de longo prazo. A memória de curto prazo é aquela que dura apenas alguns segundos ou minutos, ou no máximo algumas horas. Ela é responsável por armazenar um número de telefone que você vai precisar ligar daqui a pouco, e que logo depois você já pode esquecer.
Por outro lado, existem as memórias de longo prazo. Elas podem durar dias, anos ou até a nossa vida inteira. As memórias de longo prazo podem ser episódicas, ou seja, elas podem guardar episódios, que são acontecimentos específicos da nossa vida. Elas também podem ser semânticas, que é meio que ligadas ao sentido das coisas. E por fim, as memórias de longo prazo podem ser não declarativas, que é o tipo de lembrança que a gente não consegue verbalizar ou ensinar para alguém, mas que a gente armazena naturalmente conforme cresce.
Problemas de memória
Tudo que é humano pode apresentar defeitos e parar de funcionar, com a memória não é diferente. O exemplo mais conhecido é o Alzheimer, que afeta primeiramente as células do hipocampo. Quem tem Alzheimer pode não se lembrar de fatos marcantes da própria vida e deixar até de reconhecer os próprios filhos.
A memória de curto prazo também pode enfrentar falhas causadas por questões de saúde, como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e a dislexia. Quem tem TDAH costuma esquecer alguma instrução recebida em uma questão de segundos, e a dislexia pode causar dificuldades na leitura devido à dificuldade para armazenar informações fonológicas.
Memórias inventadas
O nosso cérebro não tem capacidade para guardar literalmente tudo o que a gente vê ou vivencia. Então ao invés de armazenar 100% da informação, ele guarda só a parte mais importante, que é a essência do que aconteceu. E isso se mantém cada vez que evocamos essa memória. E aí na hora de lembrar, ele preenche as lacunas se baseando na associação a outras memórias.
Outro problema ligado à memória é o chamado Déjà vu, que é a sensação de que está vivendo numa cena repetida. Isso acontece porque existe um fluxo de informações entre o lobo temporal, que é onde fica o hipocampo, e o lobo frontal, que pode causar imprecisões na hora de determinar quando aquela memória aconteceu.
Existe também o fenômeno conhecido como efeito Mandela, que é quando milhares de pessoas têm uma espécie de falsa memória coletiva. Isso acontece porque o nosso cérebro confunde lembranças reais com a imaginação, misturando informações que ouvimos com aquilo que nós próprios vivenciamos.
Como melhorar a memória
De maneira geral, a ciência nos diz que dormir e ter boas noites de sono, ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas são fundamentais para o bom funcionamento do nosso cérebro e, por consequência, nossa memória.
Existem também algumas dicas específicas dependendo do que exatamente você está querendo melhorar na sua memória. Se você sempre se esquece de objetos do dia a dia, uma dica é guardar esses objetos próximos a outros que você usa. Se o problema for esquecer nomes de pessoas, a dica é associar essa nova pessoa a alguém que você já conhece com esse mesmo nome.
Como decorar tudo
Para levar a memória para um nível de decorar milhares de dígitos, você precisa recorrer a técnicas mais avançadas. Uma das principais é o Link System, que consiste em criar associações visuais bizarras entre os itens que você precisa lembrar e um lugar que você conheça bem, o chamado Palácio da Memória.
Outra técnica é o Major System, que consiste em associar cada número a um som, seguindo uma tabela padronizada mundialmente. Dessa forma, você pode dividir os números em blocos e criar imagens mentais inusitadas para decorar sequências gigantescas.
Embora possa parecer trabalhoso, essas técnicas são a única maneira que já permitiu que alguém decorasse, por exemplo, os 10 mil primeiros dígitos do número de Euler. E mesmo que não busquem um resultado prático, o importante é estimular a memória e treinar o cérebro, assim como a prática de exercícios físicos.